A Biston betularia é uma borboleta famosa.
Esta espécie é uma habitante tradicional de bosques caducifólios em toda o Paleártico, de Portugal à Rússia e possui um padrão típico das borboletas dos seu grupo, que auxilia na camuflagem em troncos de árvores e rochas cobertas de líquenes e irregularidades. O seu padrão é bem eficiente neste contexto, pelos vistos e a sua forma em repouso não atrai grandes atenções - se poisar no sitio certo...
Biston betularia - forma tipica. Parque Natural Montesinho, Junho 2012
Como em todas as espécies, no entanto, existe uma certa variabilidade natural no padrão das asas, nomeadamente na extensão das manchas escuras. Existe na B. betularia uma forma mais escura, aliás, toda negra denominada então f. carbonaria, uma alusão à sua cor de carvão.
Como em todas as espécies, no entanto, existe uma certa variabilidade natural no padrão das asas, nomeadamente na extensão das manchas escuras. Existe na B. betularia uma forma mais escura, aliás, toda negra denominada então f. carbonaria, uma alusão à sua cor de carvão.
Em meados do séc. XIX, e no norte de Inglaterra fortemente industrializado esta forma escura tornou-se predominante sobre a forma típica. O fenómeno foi associado à perda do revestimento de líquenes nas árvores pela acumulação de fuligem e outros elementos poluentes e provenientes das fábricas, era quase impossível encontrar a forma clara!
Denominou-se este acontecimento como "melanismo industrial" em que uma forma rara (a negra) se tornou adaptativa face à forma usualmente mais comum. Apenas os individuos que passam despercebidos aos predadores sobre os troncos das árvores sobrevivem e se os troncos estariam todos negros... a associação é fácil.
Hoje em dia há muito menos poluição a este nível e a forma carbonaria é muito mais rara, mesmo na zona de Inglaterra onde era predominante no inicio do séc. XX e quase só encontramos a forma tipica.
Em Portugal nunca foi encontrada mas em Agosto passado no Alvão apareceu a borboleta mais escura que eu já tinha visto, nesta espécie no nosso país. Não é exactamente uma f. carbonaria mas mesmo assim tem o seu interesse.
Biston betularia - forma escura. Parque Natural do Alvão, Agosto 2012
Denominou-se este acontecimento como "melanismo industrial" em que uma forma rara (a negra) se tornou adaptativa face à forma usualmente mais comum. Apenas os individuos que passam despercebidos aos predadores sobre os troncos das árvores sobrevivem e se os troncos estariam todos negros... a associação é fácil.
Hoje em dia há muito menos poluição a este nível e a forma carbonaria é muito mais rara, mesmo na zona de Inglaterra onde era predominante no inicio do séc. XX e quase só encontramos a forma tipica.
Em Portugal nunca foi encontrada mas em Agosto passado no Alvão apareceu a borboleta mais escura que eu já tinha visto, nesta espécie no nosso país. Não é exactamente uma f. carbonaria mas mesmo assim tem o seu interesse.
Biston betularia - forma escura. Parque Natural do Alvão, Agosto 2012
1 comentário:
Como sei que aprecias discussões inteligentes e saudáveis, aqui fica outra versão da mesma história:
«A Marioposa Pontilhada. Com frequência, nas publicações evolucionistas, cita-se a mariposa pontilhada de Inglaterra como exemplo moderno da evolução em progresso. Declarava The International Wildlife Encyclopedia: "Trata-se da mais assombrosa mudança evolucionária já testemunhada pelo homem." Depois de comentar que Darwin se via afligido por sua incapacidade de demonstrar a evolução de uma espécie sequer, Jastrow, em seu livro Red Giants and White Dwarfs, acrescentou: "Caso tivesse sabido, tinha em mãos um exemplo que lhe forneceria a prova de que precisava. O caso era extremamente raro. O caso era, naturalmente, o da mariposa pontilhada.
Exatamente o que ocorreu com a mariposa pontilhada? De início, a forma mais clara desta mariposa era mais comum do que a mais escura. Este tipo mais claro se combinava bem com os troncos mais claros das árvores, e, assim, era mais protegido das aves. Mas, daí, devido aos anos de poluição advinda das áreas industriais, estes troncos escureceram. Agora a cor mais clara das mariposas trabalhava contra elas, uma vez que as aves podiam capturá-las mais rápido e comê-las. Por conseguinte, a variedade mais escura da mariposa pontilhada, que se afirma ser mutante, sobreviveu melhor, visto ser difícil que as aves as vissem em contraste com as árvores enegrecidas pela fuligem. A variedade mais escura (melânica) tornou-se rapidamente o tipo dominante.
Mas, estava a mariposa pontilhada evoluindo em algum outro tipo de inseto? Não, ainda era exatamente a mesma mariposa pontilhada, tendo apenas diferente cor. Assim, a revista médica inglesa, On Call, referiu-se ao emprego deste exemplo para tentar provar a evolução como "notório". Declarava: "Trata-se de excelente demonstração da função da camuflagem, mas, visto que começa e termina com mariposas, e não se forma nenhuma espécie nova, é bem irrelevante como evidência a favor da evolução."
A afirmação inexata de que a mariposa pontilhada está evoluindo é similar a diversos outros exemplos. A título de ilustração, visto que alguns germes provaram-se resistentes aos antibiótico, afirma-se que está ocorrendo uma evolução. Mas, os germes mais resistentes ainda são do mesmo tipo, e não evoluiram em outra coisa. E é até mesmo admitido que a mudança talvez seja causada, não por mutações, mas pelo fato (sic) de que alguns germes, já de início, gozavam de imunidade. Enquanto os outros eram mortos pelos fármaco, os imunes se multiplicavam e tornavam-se dominantes. Como afirma a obra Evolution From Space: "Duvidamos, contudo, que haja algo mais envolvido nestes casos do que a seleção dos genes já existentes.
O mesmo processo talvez tenha acontecido no caso de alguns insetos imunes aos venenos utilizados contra eles. Ou os venenos mataram os insetos contra os quais foram usados, ou os venenos eram ineficazes. Os insetos mortos não podiam desenvolver resistência, uma vez que estavam mortos. A sobrevivência de outros poderia significar que já eram imunes, desde o início. Tal imunidade é um fato genético que surge em alguns insetos, mas não em outros. De qualquer modo, os insetos continuaram sendo da mesma espécies. Não evoluiram em outra coisa.»
in A Vida - Qual a sua origem? A evolução ou a criação, Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania, 1985
Enviar um comentário